O que são as tais Heurísticas de Nielsen?
Quem é Nielsen? Qual a utilidade delas? Eu deveria me importar?
Se você trabalha com design, especificamente na área de design de experiência do usuário ou correlacionadas, já ouviu dois (sobre)nomes mais vezes do que gostaria: Nielsen e Norman. Nielsen fazendo referência à Jakob Nielsen, Norman fazendo referência a Don Norman.
Focando no primeiro senhor (falaremos do segundo em uma futura edição da newsletter, confie em mim), normalmente seu nome está associado às famosas Heurísticas de Nielsen, um conjuntinho de dez princípios ou regrinhas que você deve conhecer e aplicar quando mencionamos e avaliamos a usabilidade de interfaces de usuário.
Mas, afinal de contas: quem c@rA!h0$ é Jakob Nielsen? Por que eu devo levar em consideração o que ele fala? Quais são essas tais heurísticas?
A gente vai falar sobre isso nessa edição. Com calma e didática, para você nunca mais ter que repetir essas perguntas.
Jakob quem?
Jakob Nielsen é um dos principais especialistas em usabilidade e experiência do usuário (ou seja, UX). Ele é co-fundador da Nielsen Norman Group (ó o tio Norman aqui de novo…), uma empresa de consultoria de UX que oferece pesquisas, treinamentos e serviços de avaliação de usabilidade.
Com um doutorado em interação humano-computador, Nielsen é conhecido por fazer algumas contribuições impactantes, significativas, na área de usabilidade: são centenas de artigos, livros e pesquisas que ajudaram - e ajudama até hoje! - a avançarmos nas práticas de design centradas no usuário.
Nem preciso mencionar que ele é uma referência para designers e desenvolvedores do mundo todo né? Principalmente quando há o compromisso com criar interfaces eficientes e agradáveis para a pessoa usuária.
As Heurísticas de Nielsen, o conjunto de dez princípios que mencionei antes, foram desenvolvidas em 1994 por… bem, Jakob Nielsen. Elas são diretrizes práticas que ajudam designers e desenvolvedores a criarem produtos mais intuitivos e acessíveis.
Elas levam em consideração aspectos fundamentais da interação do usuário com sistemas/produtos/tecnologias/serviços. Normalmente, quando trabalha com interfaces e UX design, por exemplo, você avalia uma interface com base nas heurísticas, usando elas para encontrar problemas de usabilidade e, consequentemente, sugerir melhorias.
É uma forma eficiente e econômica de avaliar um novo produto, por exemplo, já que as heurísticas de Nielsen vão servir basicamente como um guia para você entender se aquilo que você está avaliando é intuitivo e fácil de usar.
Mas… para que REALMENTE servem?
Basicamente, as heurísticas de Nielsen servem como um guia para você melhorar a usabilidade de interfaces de usuário. E não se engane achando que são importantes apenas durante pesquisa ou iteração: elas são - ou deveriam ser - consideradas em todas as fases do processo de design e desenvolvimento de produtos digitais.
Os impactos das heurísticas estão principalmente relacionados a:
1. Avaliação de Usabilidade
As heurísticas de Nielsen são usadas como um método de inspeção para revisar uma interface e identificar problemas. Mais que isso: com elas é possível identificar problemas de usabilidade que muitas vezes não são detectados através de outros métodos, como testes de usuário.
2. Guias para o Design
Para designers e desenvolvedores, as heurísticas de Nielsen são um guia durante o processo de design. Elas ajudam a garantir que a interface seja intuitiva, eficiente, agradável para o usuário. Seguir essas diretrizes desde o início do desenvolvimento pode prevenir problemas de usabilidade. Isso economiza tempo e dinheiro, uma vez que diminui a quantidade de refações e iterações depois do lançamento do produto.
3. Formação e Educação
As heurísticas de Nielsen também são ferramentas que você encontra em currículos acadêmicos e no treinamentos profissionais, por que ajuda júniores a entenderem os princípios fundamentais para a criação de interfaces de usuário mais amigáveis e eficazes.
4. Simplicidade e Clareza
As heurísticas de Nielsen prezam pela simplicidade e clareza, o que facilita o entendimento e aplicação prática. Cada uma das dez heurísticas lida com um ponto importante da interação do usuário com a interface, e embora sejam 10 “regras”, elas podem ser facilmente lembradas. Isso torna as heurísticas uma ferramenta prática e acessível.
5. Baseadas em Pesquisa e Experiência
Jakob Nielsen não tirou as heurísticas do bolso. Ele desenvolveu elas com base em longas pesquisas e anos de experiência no campo da interação humano-computador (lembra do doutorado mencionado lá em cima?). Consequentemente, as heurísticas são resultado de MUITO³ estudo sobre como os usuários interagem com sistemas e como esses sistemas podem ser otimizados para atender às necessidades deles.
6. Universalidade e Versatilidade
As heurísticas de Nielsen são aplicáveis à inúmeros contextos e tipos de interfaces. Sejam websites, aplicativos, sistemas de software complexos: elas são extremamente versáteis, podendo ser usadas em diversos setores e diferentes tipos de produtos. Sem mencionar que são atemporais, continuando relevantes mesmo com as rápidas mudanças tecnológicas que vivemos.
Em resumo, as heurísticas de Nielsen são utilizadas para avaliar, orientar e educar sobre usabilidade. Elas tem um papel muito importante na criação de interfaces de usuário e a combinação de simplicidade, fundamentação em pesquisa, experiência, e aplicabilidade universal fazem delas uma referência indispensável na criação de interfaces intuitivas. Elas são uma base sólida para melhor e entender mais sobre usabilidade e contribuem diretamente com o desenvolvimento de experiências de usuário de alta qualidade.
Não li, Nem lerei: um Resumão
Jakob Nielsen é um dos principais especialistas em usabilidade e experiência do usuário (UX), co-fundador da Nielsen Norman Group, com doutorado em interação humano-computador e conhecido por suas contribuições significativas na área de usabilidade.
É uma referência global para designers e desenvolvedores comprometidos com a criação de interfaces eficientes e agradáveis.
As Heurísticas de Nielsen foram desenvolvidas em 1994 por Jakob Nielsen e são dez princípios práticos que ajudam a criar produtos intuitivos e acessíveis, ajudando a encontrar e fazer melhorias em problemas de usabilidade.
Ajudam na:
Avaliação de Usabilidade: capazes de detectar problemas que outros métodos, como testes de usuário, podem não identificar.
Guias para o Design: ajudam a prevenir problemas de usabilidade desde o início do desenvolvimento, economizando tempo e recursos.
Formação e Educação: ajudam júniores a entenderem os princípios fundamentais da criação de interfaces amigáveis e eficazes.
Simplicidade e Clareza: dez "regras" fáceis de lembrar, uma ferramenta prática e acessível.
Baseadas em Pesquisa e Experiência: resultado de estudos detalhados sobre a interação do usuário com sistemas.
Universalidade e Versatilidade: aplicáveis a diversos contextos e tipos de interfaces, como websites e aplicativos, são versáteis e atemporais, mantendo relevância mesmo com rápidas mudanças tecnológicas.
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muito bom!
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